Este livro analisa, ainda que de forma abreviada, a criação de mitos, muitos dos quais já consagrados em várias religiões, sobre a criação do Universo, do planeta Terra e dos seres que a habitam, com enfoque especial no ser humano como animal pensante e, portanto, o único capaz de elaborar perguntas e procurar pelas respostas que há milênios vêm desafiando a humanidade. Somente o homem, utilizando-se da principal ferramenta de que dispõe - a ciência -, pode ultrapassar a barreira do incognoscível e questionar o que nos ensinam a maioria das religiões, por meio de seus mitos e de crenças muitas vezes sem fundamento plausível e de algumas divindades que provavelmente nunca existiram. O Universo, desde o seu início, se desdobra em novos espetáculos continuamente e de forma imprevisível. E o faz, naturalmente para usufruir a sua própria essência. Existe, é claro, para o gozo da vida material. É por isso incompatível com a ficção espiritual - ideia que nasceu do sofrimento e da inconformidade com a morte.
Este livro foi pensado e composto no dia a dia de um pesquisador e professor de neuroanatomia, por várias décadas, em uma Universidade Estadual. Ao escrevê-lo, o Autor mantém o que defende desde a juventude, o que ele percebeu em relação às coisas sobrenaturais e às crenças religiosas. O seu propósito não é outro senão o de convidar o leitor a fazer uma introspecção a respeito do sentido das religiões e das crenças que nos são propostas há séculos. A sua sólida análise parte de um dado científico: o corpo morre. A alma é feita do mesmo material que o corpo. A alma morre. No momento de nossa morte ela simplesmente se dissolve - não há vida após a morte. Os que creem vêm tanto se consolando quanto se torturando com a ideia de que algo os espera depois de suas mortes.
A reflexão encetada pelo Autor nos convida a reconhecer que, como a alma morre junto com o nosso corpo, é necessário entender que não pode haver recompensa ou castigos póstumos. Por isso, é bastante plausível supormos que todas as religiões organizadas são, acima de tudo, ilusões supersticiosas. Essas ilusões baseiam-se em desejos, medos e ignorâncias enraizadas profundamente ao longo dos séculos. Os humanos projetam imagens do poder, da beleza e da segurança perfeita que gostariam de ter. Ao moldar seus deuses de acordo com essas imagens, tornam-se escravos de seus próprios sonhos impossíveis.
Longe de aceitar o desespero como saída para essa conclusão lapidar e assustadora, com coragem e ousadia, o Autor se alinha com a atitude do herói grego, daquele que merece ser lembrado porque vive sem esperança, mas ainda assim enfrenta o agon, ou seja, o conflito, que é a vida e o comportamento para quem vive tragicamente. Viver sem esperança é o modo de amadurecimento resistindo à melancolia, olhando-a nos olhos, mas, ainda assim, desafiando-a na lida com os objetos concretos da vida, que nos retira da doença, do desespero, legando-nos à coragem como outra grande virtude trágica, sustentada pela virtude da reverência como reconhecimento de que vivemos lutando contra forças que jamais venceremos.
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